Como dívidas podem alavancar o seu negócio
Como dívidas podem alavancar o seu negócio
Como dívidas podem alavancar o seu negócio
Você que começou seu negócio ali nas primeiras madrugadas de inspiração, finais de semana colocando em prática as primeiras iniciativas, as primeiras vendas, aquele trabalho em paralelo à sua profissão, à sua atividade profissional original, de repente viu um negócio crescer, se expandir, ganhar volume e esse negócio está todo na sua cabeça, sem nenhum tipo de organização mais detalhada. Nesse vídeo, eu quero falar sobre como é importante você saber analisar a contabilidade da sua empresa, o
quanto a análise não é apenas um detalhe, mas sim, talvez a possibilidade de mudar completamente os rumos do seu negócio. Eu vou me basear em um exemplo simples, com uma leitura de uma decisão de expansão do negócio. Imagine que você está, talvez, criando os planos para a filial, para lançar uma filial de um negócio, para começar um negócio novo mesmo, do zero, e você está avaliando possíveis caminhos de colocar dinheiro de terceiros ou não, tomar emprestado, usar o crédito. Vamos fa zer uma
análise de um negócio muito simples: Você está vendo na tela uma situação em que estamos investindo em uma empresa com ativos de R$ 100 mil ou patrimônio de R$ 100 mil. Para a nossa análise, não importa qual a estratégia, não importa se tem mais estoque, mais caixa, mais contas a receber, se tem ativos permanentes próprios ou não, ou seja, se você tem uma loja própria ou alugada, o que existe ali é um patrimônio de R$ 100 mil, montado com uma certa estratégia, estratégia essa que dá resultado a
essa demonstração de resultados que você está vendo logo abaixo. O faturamento de R$ 200 mil, um CPV ou Custo do Produto Vendido que é o termo que a gente usa para a indústria, normalmente, de R$ 120 mil, gerando um lucro bruto de R$ 80 mil. A gente poderia falar também de margem bruta de 40%, que é 80 sobre 200 de faturamento, então lucro de 80, margem de 40%. Desses R$ 80 mil de lucro bruto, nós estamos tirando despesas comerciais de R$ 30 mil e despesas adm inistrativas de R$ 40
mil, resultando em um lucro operacional de R$ 10 mil. No mundo das finanças, a gente chama de lucro operacional de LAJIR que é a sigla que corresponde a Lucro Antes de Juros e Impostos sobre a renda. O "jotinha", Juros, corresponde as despesas financeiras e IR a impostos sobre a renda. Como nós montamos essa empresa, esse ativo de R$ 100 mil? Com patrimônio líquido de R$ 100 mil, ou seja, todo dinheiro saindo do bolso dos sócios, não há dívida algu ma. Se não há dívida alguma, não há despesa
financeira, não há juros a pagar. Então do LAJIR, nós tiramos zero de despesas financeiras e chegamos em um LAIR ou Lucro Antes de Impostos sobre a Renda, de R$ 10 mil que é a base que é utilizada para calcular a provisão para Imposto de Renda, ou a provisão do imposto a pagar sobre a renda ou lucro. Para nosso exemplo, eu vou usar um número redondo para simplificar as contas de 40% de imposto sobre os ganhos que vai resultar em um cust o de R$ 4 mil em impostos e resultar também em um lucro
líquido de R$ 6 mil. Não importa se é muito ou se é pouco, alguns vão perguntar: "Nossa, mas fatura R$ 200 mil para só sobrar R$ 6 mil?" Ou 3% do lucro. Depende muito do giro para determinar se esse lucro é suficiente ou não. Então determine aqui que em um período medido, não sabemos se é uma semana, uma quinzena ou um bimestre, essa empresa faz R$ 6 mil. Muito? Pouco? Não importa, é o cenário que nós temos aqui na situação A. Vamos para a situação B, em que eu estou montando exatamente a mesma
empresa, com a mesma estratégia, o mesmo patrimônio, o mesmo ativo de R$ 100 mil, montado exatamente da forma que foi montado na situação A. Se não tem mudança de estratégia, teremos a mesma receita de R$ 200 mil, o mesmo custo de R$ 120 mil, mesmo lucro bruto de R$ 80 mil, despesas comerciais e administrativas de R$ 30 mil e R$ 40 mil, o mesmo lucro operacional ou LAJIR, de R$ 10 mil. Mesma operação tem que dar o mesmo resultado. Não haveria porque ser diferente. Só que nessa situação B, eu
decidi colocar menos capital próprio. Decidi que iria colocar apenas R$ 50 mil do meu bolso e R$ 50 mil eu decidi tomar emprestado de, talvez, de uma agência de fomento, de um banco, de uma cooperativa de crédito, ou alguém que me emprestou esses R$ 50 mil, cobrando juros de 5% ao período. não preciso fazer muita conta complexa, 5% de R$ 50 mil dá R$ 2500. Então lá depois do LAJIR, surge uma despesa f inanceira que não existia na situação A, de R$ 2500, reduzindo o lucro tributável de R$ 10 mil
para R$ 7500. Aqui aparece uma pequena vantagem pelo o fato de eu estar tendo menos lucro que é pagar menos imposto sobre o lucro. Então meu imposto sobre a renda de 40%, 40% de R$ 7500 dá R$ 3 mil, dos R$ 7500, tirando R$ 3 mil, eu chego em R$ 4500 de lucro. E aqui caberia uma reflexão: Situação A eu não tenho dívidas e eu tenho um lucro de R$ 6 mil. Situação B eu tenho dívidas ou eu usei crédito, com um custo financeiro de R$ 2500 e um benefício fiscal ou tributário de R$ 1 mil que trazem um
custo líquido de R$ 1500 na operação, reduzindo meu lucro para R$ 4500. A pergunta é: Qual situação é a melhor? A situação A com lucro de R$ 6 mil ou a situação B com lucro de R$ 4500? Muitos que estão assistindo esse vídeo, tenderiam a responder que a situação A, porque o lucro é maior, e você pode estar ignorando o fato de que você tinha R$ 100 mil para iniciar o seu negócio próprio, e você usou apenas R$ 50 mil. Muitos que estão assistindo o vídeo diriam: "É verdade, eu poderia aplicar os
outros R$ 50 mil em um Tesouro Selic, em um produto bancário, comprar alguma coisa que me traria benefício." E isso complementaria os R$ 4500 com alguma coisa, talvez até superando os R$ 6 mil. Cuidado com essa reflexão, não é assim que empreendedor pensa. Empreendedor tem que pensar que se ele tem R$ 100 mil, ele pode usar os R$ 100 mil sem alavancagem alguma, sem dívida alguma e criar um resultado como esse da situação A. Ou ele pode usar a situação B como estratégia e com os mesmos R$ 100
mil, montar duas unidades de negócios em que cada uma, ele vai ter um faturamento, por exemplo, de R$ 200 mil. Não estou nem considerando alguma eficiência de custos que poderia haver. Se o custo de produtos vendidos for de R$ 120 mil, imagina que com o dobro do tamanho de negócio, ele pode negociar com o fornecedor dele um desconto em uma compra maior d e mercadorias e com isso, reduzir o custo total da mercadoria que ele vende. Estou considerando que ele, talvez, não tenha nenhuma sinergia,
nenhuma eficiência nas despesas comerciais e administrativas, mas com duas lojas, talvez ele possa ter uma única equipe administrativa, uma única equipe comercial. Mesmo desconsiderando essas eficiências, se eu considerar a situação B com um LAJIR de R$ 10 mil, com um lucro líquido de R$ 4500, se eu conseguir montar duas unidades, digamos, do is quiosques no shopping, duas bancas de jornal, dois veículos para dirigir por aplicativo, não importa o que seja, eu tenho duas vezes o resultado que eu
teria nessa medição da situação B, duas vezes R$ 4500. Você tem que avaliar que com os mesmos R$ 100 mil, você pode ter R$ 6 mil de lucro ou você pode ter com os mesmos R$ 100 mil, R$ 9 mil de lucro alavancando sua operação usando crédito para se expandir. Alguns vão pensar: "Entendi, Gustavo, então é questão de eu me endividar pa ra conseguir ter mais resultados nos negócios?" Não, não é exatamente isso. Vamos colocar uma terceira situação, situação C em que eu estou montando exatamente o mesmo
negócio, mesmo ativo de R$ 100 mil, com a mesma estratégia, gerando o mesmo faturamento, mesmo custo, mesma despesas comerciais e administrativas, mesmo LAJIR de R$ 10 mil, ou seja, não mudou a estratégia, não mudou a operação, a mesma estrutura de capital, R$ 50 mil do meu bolso, R$ 50 mil eu tomo emprestado, só que a gora esses R$ 50 mil que eu tomo emprestado são a juros não tão bem negociados, eu consegui juros de 12% ao período. eu percebo que esses 12% sobre os R$ 50 mil me dão uma despesa
financeira de R$ 6 mil, meu lucro tributável cai para R$ 4 mil, minha despesa com impostos, ou a provisão para pagar impostos cai bastante para R$ 1600, só que o meu lucro final é de R$ 2400. Se eu for comparar a situação C com a situação A, entre ter na situação A R$ 6 mil de lucro, só que com 1 negócio ap enas, na situação C eu ter duas unidades comerciais ou duas indústrias, dois quiosques no shopping, não importa o que seja, mas cada um gerando R$ 2400, eu vejo que na situação C, eu terei R$
4800 de resultado e não os R$ 6 mil que eu teria na situação A. Nesse caso, teria sido melhor eu ficar mais enxuto, uma operação mais limitada e ter um lucro maior do que comprometer meu capital e o meu risco em duas situações diferentes, mas com uma lucratividade inferior. Então, na prática, o que determina se o seu negócio deve ou não crescer com base na alavancagem é a sua capacidade de negociar crédito ou sua capacidade de ler os números do seu negócio. Muito sucesso nos seus
negócios. Português
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